Os jovens com idade de 15 a 17 anos estão desobrigados do voto. Mas, o sistema eletivo se empenha para que se sintam na obrigação de votar, assim como os demais eleitores, também obrigados a ir à urna. Argumentam que o voto é um direito, exerce a cidadania e fortalece a democracia. Diz uma propaganda do governo: “A urna eletrônica democratizou a democracia”. Olha a pegadinha. É só a urna que define a democracia? Quer dizer que sem a urna o povo não é soberano? Mas o voto é obrigatório. Será que o cidadão sendo obrigado a votar define um governo legítimo e a soberania popular?
Os jovens estão desanimados com muita coisa que lhe diz respeito, não só para fazer o título de eleitor. Para aquilo que lhe é de direito, como uma boa formação escolar, não há campanhas gigantescas estimulantes. Mas para fazer o título, o TSE investe forte e as mídias gastam um tempo tremendo dando apoio.
Deixando de lado a forte manipulação explicita, onde só o voto interessa aos atores da política, questiona-se: Por que e para que votamos? A que isso nos leva? O que faz o cidadão decidir votar em um ou outro candidato? Que projetos exequíveis são apresentados como proposta de mandato? Por que há uma falta de preocupação com os rumos do Brasil? Aceitar o quase nada é satisfatório?
Em pauta: O voto, seu propósito, suas mazelas.
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