No Brasil, o voto é obrigatório e é a prova de uma “democracia” capenga. Obrigar um indivíduo a exercer um direito é uma grande deformidade da constituição federal brasileira. Como uma constituição, dita democrática, pode obrigar o cidadão a ir às urnas? Vamos analisar.
As redes de apoio nos municípios e estados, em todas as esferas do serviço público, trabalham para obrigar o cidadão a comparecer à urna. A exploração social por parte destas redes, que se omitem diante dos absurdos que veem nas próprias repartições, tem a seu favor a ignorância maciça da população pobre. Fica fácil dar algum valor ou favor (vindo dos impostos) em troca de um voto. O que os candidatos querem é que o eleitor vá a urna de qualquer jeito. Se ele não tem um candidato para votar, que anule o voto ou o deixe em branco. É assim que o processo eleitoral legitima o pleito.
Pense bem, se, por outro lado, um percentual expressivo de eleitores não fosse às urnas, ficaria difícil legitimar o pleito. Dá para entender por que a obrigatoriedade do voto? Lembrando que os votos brancos e nulos são desconsiderados na contagem. E assim o número de abstenções fica menor, fato que camufla o desejo real do eleitor. Quantos foram às urnas é o que conta. Um alto número de abstenções é perigoso ao sistema. Quer mudar estes absurdos? Pense em não ir às urnas, se nenhum candidato te representa.
