A questão da educação infantil parece ser de inteira responsabilidade dos pais, e é. Entretanto, é preciso observar o contexto que confundiu educação com formação. Os filhos foram jogados no mundo virtual sem qualquer cuidado. Enquanto alunos também, e o básico para formar um bom profissional e um bom cidadão não foi aprendido.
Em ambos os casos, filhos ou alunos, são vítimas de um contexto amplo. No Brasil, legislações foram criadas para regular estes assuntos, interferindo na alçada dos pais, tirando-lhes a autoridade. Por lei, não podem ensinar aos filhos uma profissão desde crianças. Os professores, nas escolas, deram força ao desmanche da tutela dos progenitores, reforçando aos seus alunos sobre o “direito” de não trabalharem.
Os governantes ganharam voto com a onda da tecnologia nas escolas e discriminaram famílias de poucas posses, sem acesso à internet ou a aparelhos tecnológicos. Mas a escola não viu isso.
Por outro lado, as escolas não ensinaram o básico, que independe de tecnologia. Por exemplo, aprender bem duas matérias importantes para a vida do aluno – sua língua mãe e a matemática.
Que futuro teremos? Ou não teremos futuro? Uma geração em inação está mais próxima da morte do que da vida. Devemos fugir daquilo que nos limita e a tecnologia nos barra devastadoramente. Os riscos são imensos. Bom pensar.