DA SÉRIE: DETALHES MOSTRAM SOLUÇÕES
Anos e décadas se passaram e uma atitude efetiva da sociedade e dos governos contra abusos de crianças e adolescentes simplesmente inexiste, tampouco punição a altura do crime. O que não se mantém igual é o número de vítimas, que só cresce, enquanto o posicionamento da sociedade se resume em lamentos e indignação. Das autoridades nem isso, só descaso.
O Brasil teve uma ministra da mulher, da família e dos direitos humanos que se inflamou dizendo ser terrivelmente evangélica e com tal atributo seria implacável em atuar nas soluções dos problemas da sua pasta, dentre eles abusos sexuais e outras ações violentas contra crianças. Ela mesma confessou ter passado por tamanha agressão quando criança. E o que fez? NADA. Passou pelo ministério e só esbravejou. Os fatos mostram que ela não tomou decisão alguma. Agora ela é ex-ministra e candidata a cargo político. Definitivamente, pode-se perguntar: por que o eleitor continua votando se problema algum é resolvido, além de que todos os problemas se agigantam sufocando tudo e todos?
O que se tem visto são campanhas sucessivas para dar visibilidade às promessas de ações de combate à violência, via palestras educativas e outros eventos. Ou seja, mais um disparate, totalmente fora de contexto, só para dar destaque ao tema mas sem um propósito fim.
Destaque ao tema? Mas o que é isso? Quanta hipocrisia! O que precisa ser feito é muito simples. O que a sociedade e o governo têm que fazer é cada um agir no seu quadrado. Os problemas sociais são assunto governamental e o que cabe a sociedade é não permitir que os governos deixem de cumprir com seu dever de estado. Fazer justiça é dever do estado. Cobrar que a justiça seja feita é dever do cidadão que vota.
Mas nem o estado cumpre seu papel, tampouco a população cumpre seu dever. E os problemas bárbaros vão se agigantando de tal forma até o limite de sufocar e tirar a liberdade de todos. Com alta violência e sem segurança púbica, ninguém é livre. A violência é inadmissível em qualquer aspecto. Contra crianças é crime imperdoável e passível da mais alta punição. Por que nada acontece?
Até quando o eleitor vai votar, e só? Até quando o povo vai suportar o gigantismo dos problemas arquitetados e estimulados pelos governos? Será que a sociedade ainda não percebeu que a pobreza e a violência são os cabos eleitorais poderosos para manter os políticos no poder, sem serem cobrados?
Até quando o povo vai fazer vistas grossas à impunidade e não cobrar de todos os poderes, e nas três esferas de governo, para que a justiça seja feita e estes crimes horrendos deixem de acontecer?
As mazelas sociais oprimem a todos. Ninguém escapa, nem os mais favorecidos. Ou esses têm a opção de prisão domiciliar para não serem atacados pela violência que cresce todo dia? E ainda existe o dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para quê? Para dar força a violência? Sim, poque quando a violência não é combatida e é amplamente divulgada, ela toma força e se alastra.
Mas a ex-ministra não foi mulher de verdade para proteger as crianças e muito menos empenhar-se para que crimes de violência sexual tivessem punição severa. Diante disso, pergunto as mães do Brasil: os filhos violentados e mortos das outras mães não importam? Só importa o maldito voto em políticos que nada resolvem?
Os detalhes sempre ficam à mostra. Basta olhar para eles para saber que direção a vida toma. E a do Brasil é de colapso definitivo. A nação brasileira está ficando sem pátria. Sem ela, ficamos sem chão e o sofrimento vai matando a todos, agora muito rapidamente.
Terezinha Gnoatto