Em noite de premiações no mais glamuroso palco do mundo ficaram em destaque dois personagens. Um que extrapolou o bom senso e deflagou desrespeito, sendo insensível ao sofrimento alheio.  Um ator que se sustenta com a alegria superficial e se motiva na crença de que tudo pode ser motivo para uma boa piada. Constrangeu e causou mal-estar. Não teve a menor empatia. O outro, que levou o prêmio de melhor ator, tocado pela doença que acomete sua esposa, partiu para o contra-ataque na pancada. Talvez motivado pela dor de ouvir uma piada de tão mau gosto. Ou quis resgatar o respeito e se opor ao indigno? É certo que a raiva o tomou de repente e agiu sem refletir. Num piscar de olhos partiu para a agressão. Exagerou em defender a pessoa que têm valor para ele?  

Quem desrespeitou e quem violentou? E os demais personagens do grande palco, por que se calaram? As mulheres premiadas ou não poderiam ter usado o verbo de algum modo sobre o ocorrido. Mas não, nem uma palavra. Insensatez e cólera, pouca lucidez e falta de equilíbrio prevaleceram. 

Quem aprendeu um com o outro?  Quais pautas, tão bradadas, ficaram sem voz naquele palco? Clama-se contra o racismo, reclama-se do machismo e do feminismo. Mas quando os atores são da mesma cor, são homens, um que defende a mulher, os argumentos se escondem no silêncio dos “inocentes”.   

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